Renascimento ou Renascença são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, quando diversas transformações em uma multiplicidade de áreas da vida humana assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Renascimento
Renascimento ou Renascença são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, quando diversas transformações em uma multiplicidade de áreas da vida humana assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Contexto Histórico
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.
Contexto Cultural
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da Itália e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas.
Características Principais:
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França e Países Baixos.
- Giotto di Bondone (1266-1337)
Curiosidades sobre o renascimento
Higiene
Mas se o aspecto era o espelho da índole da mulher, o que dizer dos seus hábitos de higiene pessoal? "A higiene corporal veio nos séculos XVI e XVII a transformar-se numa questão a que a água era alheia, e onde a limpeza da roupa branca substituía a limpeza da pele.” O receio da água deu origem a uma série de substitutos, tais como os pós e os perfumes, que criaram uma nova base de distinção social. Mais do que nunca, a limpeza passou a ser prerrogativa dos ricos.Passou também, a ser dada mais atenção às partes do corpo que se apresentavam descobertas, como a cara e as mãos, sendo então a água utilizada para a sua higiene. Mas no geral, ainda no século XVI, a preocupação com a higiene pessoal foi deixada de lado, o que contribui para o crescimento do uso de maquiagem e perfumes.A higiene baseava-se em usar roupa lavada até ficar suja, pois tinham a ideia de que a roupa absorvia a sujeira.Os dentes eram lavados com um produto 100% natural: urina, cinzas ou saliva.A roupa não era lavada, mas sim sacudida e carregada de perfume. As mãos eram lavadas apenas de 3 em 3 dias, e a face era limpa com clara de ovo ou vinagre para aclarar e amaciar a pele.A sujeira era escondida com doses enormes de maquiagem. Para evitar o mau cheiro nas axilas, embebiam a pele com pétalas de rosas."
Cosméticos
"Durante esta época a figura feminina passou a ter mais valor, e a utilização excessiva do perfume devia-se à falta de higiene. A atividade social obrigava a que houvesse um cuidado pessoal maior.Nesta época, descobre-se também o álcool, extratos essenciais, princípios orgânicos cristalizados, óleos, etc... ficando a alquimia como um ponto alto, visto que a cosmética beneficia cada vez mais com o seu desenvolvimento.Várias cidades européias tornaram-se centros produtores de sabão, que era considerado um produto de luxo, usado apenas por pessoas ricas.Nos finais do século XVI o uso do pó de arroz tornou-se uma condição necessária de limpeza. Os pós perfumados e coloridos tornam-se então parte integrante do arranjo diário dos ricos. Este acessório proclamava a limpeza, o estatuto social de quem o utilizava.A preocupação com o aspecto fez com que as mulheres nobres usassem durante o dia alvaiade, e à noite cobrissem a cara com emplastros de vitelo cru molhado no leite afim de minimizar os efeitos nocivos causados pelo alvaiade.Utilizavam-se também luvas perfumadas, usadas apenas pelos nobres da Corte Européia.Esta excessiva forma de uso de fragrâncias proporcionou a profissionalização da atividade do perfumista.Entre o século XV e XVI, os óleos essenciais continuaram a influenciar a saúde e a felicidade. Pois porque se alguns perfumistas criaram aromas sedutores, bem como mortíferos venenos, as essências serviram também como boa causa de lutar contra infecções."
Vocabulário
- Mecenas : protector das letras, das artes ou dos sábios e artistas.
- Efémera: que dura um só dia;que dura pouco;passageiro;transitório.
- Púdica: que tem pudor;honesto;casto;pudente;envergonhado.
- Alvaiade: carbonato de chumbo, de cor branca ou amarelada.
- Emplastros:conserto mal feito;remendo;indivíduo enfermiço, sempre sujeito a achaques;
pessoa sem utilidade para coisa alguma. - Vitelo: novilho de menos de um ano;bezerro;gema do ovo.
Conclusão
física, na medicina, na matemática e na geografia. Dizem também que surgiu um novo conceito de beleza, que o Renascimento herdou uma desconfiança fundamental do corpo, da sua natureza efémera, dos seus apetites perigosos e das suas inúmeras fraquezas. A Europa do século XVI viria a caracterizar-se tanto por uma vaga de puritanismo e de vergonha em relação ao corpo, à sua aparência e à sexualidade, como viria a celebrar-se pelo seu culto da beleza e pela redescoberta do nu.